No início dos anos 40, o Brasil vivia um período de grande efervescência cultural e econômica. O país vivia a era do Estado Novo, comandado pelo presidente Getúlio Vargas, e o Rio de Janeiro era a capital do país. Foi nessa época que surgiu o Cassino Quitandinha, em Petrópolis, cidade serrana próxima à capital.

O Cassino Quitandinha foi inaugurado em 1944, em um prédio imponente e luxuoso, projetado pelo arquiteto francês Joseph Gire. O espaço contava com salão de jogos, teatro, cinema, restaurante e até mesmo um parque aquático. Seu objetivo era ser o maior e mais sofisticado cassino da América Latina.

O sucesso foi imediato. Celebridades brasileiras e estrangeiras frequentavam o local, o que fazia dele um dos principais pontos turísticos do país. Grandes festas eram organizadas lá, como o famoso Baile da Ilha Fiscal, que se tornou um símbolo da alta sociedade carioca.

No entanto, a história do Cassino Quitandinha não foi feita só de glamour e festas. Durante sua existência, o cassino enfrentou diversos problemas e mudanças. Em 1946, foi criada a Lei do Jogo, que proibia a exploração de atividades de jogos de azar no Brasil. O cassino se tornou um simples hotel, e seu sucesso foi diminuindo gradualmente.

Finalmente, em 1963, o Cassino Quitandinha encerrou suas atividades definitivamente. Ele foi vendido para um grupo de empresários que pretendia reabri-lo como um cassino em 1977, mas o projeto nunca saiu do papel.

Hoje, o Cassino Quitandinha encontra-se fechado e abandonado. É possível visitar o prédio, que ainda mantém sua arquitetura imponente, mas é preciso ter cuidado devido ao risco de desabamento.

Apesar disso, o Cassino Quitandinha ainda é um marco histórico do turismo brasileiro. Ele representou um período de grande efervescência cultural e econômica do país, e se tornou um símbolo do glamour e da sofisticação da época. Mesmo encerradas as apostas, a história e a arquitetura imponente do Cassino Quitandinha continuam cativando turistas do Brasil e do mundo.